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Arrecadação federal cai e déficit aumenta


Recolhimento de impostos encolhe 3,5% em maio enquanto contas públicas registram pior desempenho em 17 anos

Dois números nada animadores para quem busca o ajuste fiscal foram divulgados no mesmo dia. De manhã, a Receita Federal informou que a arrecadação de impostos de maio emagreceu 3,48% na comparação com igual mês do ano passado, chegando a R$ 89,967 bilhões. À tarde, foi a vez de o Tesouro divulgar que a contas do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) registraram déficit primário de R$ 8,05 bilhões. Com o segundo resultado negativo consecutivo, fica ainda mais difícil para o governo cumprir a meta fixada para o setor público de R$ 66,3 bilhões (1,1% do PIB) em 2015. Em cinco meses, a União conseguiu poupar R$ 6,6 bilhões para o pagamento do juro da dívida pública – 10% da meta do ano. O resultado acumulado é o pior para o período desde 1998. A distância entre o que já foi cumprido e o prometido expõe a dificuldade de chegar a essa marca até o fim do ano. Com a arrecadação encolhendo em todos os meses de 2015 – cenário que ficou mais claro com os dados divulgados ontem –, o governo começa a se mobilizar para mudar a meta fiscal. Embora não admita oficialmente, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, estaria articulando com líderes políticos a alteração. Sobre a arrecadação, o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias, afirmou que os valores (veja ao lado) vieram “bem abaixo” do que os indicadores mostravam. Ele avalia que esse fraco desempenho pode continuar para o restante do ano. O motivo é a redução da atividade econômica em diferentes setores.

Zero Hora - 26/06/2015 - Página 24


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