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Empresários devem calcular riscos


A imagem de um tsunami se formando em alto mar ajuda a ilustrar o que está acontecendo no mercado hoje quando se pensa em transformação digital. Parece uma ondinha, já existem alertas de que algo maior está por chegar, mas como ninguém sabe exatamente quando e nem onde vai acontecer, pouco está sendo feito de efetivo. Essa é a analogia que o CEO da Litteris Consulting, Cezar Taurion, costuma fazer quando perguntando sobre o quão conscientes os empresários estão sobre a importância dessas mudanças. “Os mais tradicionais relutam em começar, mas precisam ter a percepção de que, quando maior a empresa, mais tempo levará para fazer essa transformação”, observa. Quanto mais consolidada a posição no mer cado, mais difícil é mudar a visão e reposicionar os negócios, reintera a diretora da Inovação e Desenvolvimento da Pucrs, Gabriela Ferreira. “A análise que muitas corporações fazem, especialmente em um momento de ruptura de modelos tradicionais, é qual o ganho futuro que terão de algo que elas ainda não conseguem mensurar frente, ao risco e ao custo de toda estrutura que possuem”, explica. É preciso mudar e ter consciência de que o risco é inerente à inovação. Entretanto, as empresas podem seguir essa trajetória rumo a uma nova realidade de forma gradual. “É possível fazer essa evolução sem destruir o que existe. Até porque muitos desses players possuem solidez para avançar de forma coordenada e com se gurança rumo a esse novo cenário”, explica o vice-presidente de Digital Enterprise Platform Group CoE da SAP Brasil, Valsoir Tronchin. Existem várias alternativas para os empresários lançarem um novo olhar para as suas operações sem precisar desestruturar tudo que foi construído, acrescenta Gabriela. Isso inclui, por exemplo, a criação de estruturas internas para pensar a inovação e a parceria com laboratórios, universidades e parques tecnológicos. Além disso, empresas como Telefônica, Braskem e Natura, entre outras, adotaram a prática de criar startups ou acelerar as que já estão no mercado para que elas possam ajudá-las a criar produtos e serviços capazes de reinventar os negócios.

Jornal do Comércio - 11/04/2016 - Página 08


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