Peter Drucker, considerado o pai da administração moderna, insistentemente afirmava que “o que pode ser medido, pode ser melhorado”. Você está convencido disso?
Vivemos um tempo de abundantes informações que possibilitam medir comportamentos: a mãe mede a febre do filho com o termômetro; antes de sair de casa olha-se a previsão do tempo; as escolas medem o desenvolvimento dos alunos com base nas notas; o médico solicita diversos exames para identificar como está a saúde do paciente; as emissoras de rádio e televisão constantemente medem a audiência para orientar e definir o preço dos comerciais; para comprar ações na bolsa de valores, primeiro analisam-se os indicadores e a história da empresa foco.
Podemos ainda citar os índices da inflação, a cotação do dólar, a taxa de juros e a carga tributária que fazem parte da nossa vida. Aqueles que conseguem medi-los e interpretá-los terão maiores possibilidade de acerto.
Na gestão de uma empresa contábil não é diferente. Mensurar os processos para compreendê-los possibilita dominá-los e facilita o aprimoramento das tarefas. Talvez a pergunta seja: como fazer as medições para que a compreensão seja clara dentro do ramo da minha atuação?
Um processo amplamente adotado é a padronização de índices e/ou indicadores por atividade. Índice é a relação entre valores e medidas, e indicadores são dados estatísticos relativos a um ou a diversos processos que se deseja controlar. Ambos servem para avaliar situações atuais com anteriores ou, ainda, com outras empresas do mesmo segmento.
O meio contábil trabalha com muitos índices que formam uma sopa de letrinhas, como, por exemplo, IGE, CCL, LL, ILS, mas a fragilidade do processo aparece quando analisada sua aplicação na gestão das empresas contábeis.
Sabe-se que grande parcela dos empreendedores é relutante na análise e limita-se a considerar a evolução do faturamento e o lucro líquido. Desde o ano de 2012 a Comissão de Precificação dos Serviços Contábeis do Sescap/PR (Copsec) dedica-se ao estudo e pesquisa de indicadores e índices para orientar os empresários contábeis. Desde então, muitas informações já estão disponibilizadas.
Este tema já foi pauta de outros artigos, mas relato novamente alguns dos parâmetros que podem orientar os empresários para medir a eficiência do seu negócio:
Custo por colaborador sobre o faturamento
custo total do colaborador / faturamento
Horas mensais vendidas por colaborador
total de horas vendidas / número colaboradores
Lucro líquido
lucro líquido apurado / faturamento
Faturamento por colaborador
faturamento bruto / número de colaboradores
Serviços eventuais ou acessórios
faturamento eventual / faturamento dos serviços normais
Índice de gastos fixos indiretos
gastos fixos indiretos / faturamento bruto total
Ticket médio ou honorários médio
Faturamento bruto total / número de clientes
Índice de inadimplência (+30)
Honorários vencidos a mais de 30 dias / faturamento bruto total do mês imediatamente anterior
Valor da hora vendida para os serviços normais e para os acessórios
Gerenciar sem informações e tomar decisões sem antes ter feito a medida do desempenho anterior pode ser comparado a viajar em estradas desconhecidas sem GPS ou ir à praia sem antes analisar a previsão do tempo. Ambas as situações podem tornar-se aventuras com resultados decepcionantes.
Conheça e adote indicadores para a análise mensal, para saber com segurança para onde a sua empresa está caminhando.
Para contribuir com os empresários contábeis na comparação de seus resultados com a média nacional foi desenvolvida a terceira edição da Pesquisa Nacional das Empresas Contábeis (PNEC), da qual você pode participar acessando o link https://goo.gl/XGJ4Rc.
Para seguir o conselho de Peter Drucker é preciso primeiramente medir, o que será feito por meio da pesquisa, e depois melhorar o desempenho.
Em agosto os dados serão tabulados e logo depois divulgados neste canal. Participe e envie o link da pesquisa para os seus colegas.
Fonte: Blog Guia Contábil